quarta-feira, 4 de julho de 2007

Peças que encaixam?

Bem, são 4 da manhã (hora a que começo a escrever) e acabaram-se as séries na SIC, que devem ser seguias, não tarda muito, por mais um episódio desse êxito de audiências, essa obra-prima da ficção nacional “O Olhar da Serpente”. Depois de um episódio do CSI e dois do Sexo e a Cidade, deu-me uma vontade enorme de escrever.

Tudo por causa do tema do segundo episódio desta última, e este andava à volta do conceito de “almas gémeas”. Não debatendo bem o conceito, mais a existência ou a não existência destas.

E meteu-me a pensar sim, pelos argumentos apresentados: Haverá uma alma gémea para cada pessoa? Andará aí perdida pelo mundo a única pessoa com quem alguma vez conseguiremos ser felizes? Como se fosse a outra peça do puzzle, a única que se encaixa em nós? Ou será que há mais que uma? Sim, porque vendo bem, é uma visão extremamente minimalista pensar que só há uma pessoa no mundo que nos traz a felicidade completa. Se não a conseguirmos encontrar… o que é que acontece?

Claro, há sempre a tese d’ “O Destino”, esse que comanda a nossa vida. Prefiro nem pensar nessa, pois há factos que nem essa tese consegue explicar…

Se olharmos para a possibilidade de ter muitos, então acabou também aquela “exclusividade”, aquilo que tornava essa pessoa tão especial. Enfim, é daqueles assuntos que não vale muito a pena discutir, porque nunca se chegará a lado nenhum, há que aceitar simplesmente que cada um tem a sua ideia formada acerca do assunto. Na minha cabeça não tenho grande opinião acerca do assunto… espero que com a idade venha a experiência, a resposta a muitas questões sobre as quais não consigo neste momento raciocinar dada a minha adorada inexperiência de vida.

Por aqui me fico hoje.

domingo, 1 de julho de 2007

Ainda ontem de fraldas

Nos últimos dias não tenho andado lá muito bem … Chego a conclusão que estar sozinha muito tempo, coisa a que não estava de todo habituada já há uns meses, faz mal, mesmo muito mal. Quando não se tem mais nada para fazer, pensa-se, e isso normalmente não é bom sinal. No meu caso, não é, de todo. Ah, e este estar sem fazer nada deprime, é horrível, começo a pensar que odeio férias. E também começo a pensar que não sei se me consigo habituar a ter de morar aqui. Três dias cá, três dias, e já estou completamente farta disto. AHhhhhh!

A fugacidade do tempo é uma coisa que me assusta… demasiado. Pensar em quão depressa os últimos tempos passaram, faz-me chegar à conclusão que a partir daqui, vai ser sempre pior, vai passar cada vez mais a correr, e vou envelhecendo sem dar por isso, vou passar desta insanidade juvenil para a sanidade mental adulta, isso assusta tanto. E é tão horrível aquele medo de pensar que, daqui a uns anos, vou olhar para trás, e apesar de ter feito muita merda, vou sempre pensar que não aproveitei realmente este tempo. E dantes olhava para o futuro como aquela juventude interminável, tinha tanto tempo, tanto tempo à minha frente… Esse tempo, esse caminho que parecia interminável vai-se tornando cada vez mais curto, cada vez mais próximo do fim. O tempo das asneiras que têm perdão vai chegando ao fim, o tempo em que nos podemos desculpar com a idade, “the young and unconscious”, esse tempo chega ao fim. Chega o tempo de termos de nos responsabilizar pelos nossos actos, de termos que tomar conta de nós mesmos, de ganhar algum juízo … De sermos nós a caminhar por nós mesmos. A chegada desse tempo assusta-me, não o quero enfrentar, não.



Quero ser assim, quero ter dezoito para sempre!







Se o tiverem visto por aí, contactem-me.