domingo, 1 de julho de 2007

Ainda ontem de fraldas

Nos últimos dias não tenho andado lá muito bem … Chego a conclusão que estar sozinha muito tempo, coisa a que não estava de todo habituada já há uns meses, faz mal, mesmo muito mal. Quando não se tem mais nada para fazer, pensa-se, e isso normalmente não é bom sinal. No meu caso, não é, de todo. Ah, e este estar sem fazer nada deprime, é horrível, começo a pensar que odeio férias. E também começo a pensar que não sei se me consigo habituar a ter de morar aqui. Três dias cá, três dias, e já estou completamente farta disto. AHhhhhh!

A fugacidade do tempo é uma coisa que me assusta… demasiado. Pensar em quão depressa os últimos tempos passaram, faz-me chegar à conclusão que a partir daqui, vai ser sempre pior, vai passar cada vez mais a correr, e vou envelhecendo sem dar por isso, vou passar desta insanidade juvenil para a sanidade mental adulta, isso assusta tanto. E é tão horrível aquele medo de pensar que, daqui a uns anos, vou olhar para trás, e apesar de ter feito muita merda, vou sempre pensar que não aproveitei realmente este tempo. E dantes olhava para o futuro como aquela juventude interminável, tinha tanto tempo, tanto tempo à minha frente… Esse tempo, esse caminho que parecia interminável vai-se tornando cada vez mais curto, cada vez mais próximo do fim. O tempo das asneiras que têm perdão vai chegando ao fim, o tempo em que nos podemos desculpar com a idade, “the young and unconscious”, esse tempo chega ao fim. Chega o tempo de termos de nos responsabilizar pelos nossos actos, de termos que tomar conta de nós mesmos, de ganhar algum juízo … De sermos nós a caminhar por nós mesmos. A chegada desse tempo assusta-me, não o quero enfrentar, não.



Quero ser assim, quero ter dezoito para sempre!







Se o tiverem visto por aí, contactem-me.

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